terça-feira, 21 de junho de 2011

DECLARAÇÃO PÚBLICA DA FRENTE DE APOIO A GREVE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE SC.

Entra governo e sai governo e a promessa é que a educação será prioridade. Passada as eleições, vemos que tudo não passou de promessas. Em Santa Catarina, com o Governo Colombo, continuidade de Luiz Henrique, não é diferente.

“Depois de muita luta, as trabalhadoras e os trabalhadores do magistério público estaduais, através da CNTE e dos sindicatos estaduais filiados, obtiveram uma vitória com a aprovação da lei 11.738/08 do piso salarial nacional, mas cinco governadores, um deles - o de Santa Catarina - eram contra a lei e recorreram à justiça para não pagar o piso aos professores. O Supremo Tribunal Federal demorou quase 3 anos para votar e definir a legalidade do piso. Mesmo assim, o governo Colombo não quis aplicar a lei do piso.

Então, o recurso foi a greve do magistério público estadual. “Ela veio forte, com grande adesão da categoria, apoio dos alunos, pais e da sociedade em geral Denunciou em cores vivas as mazelas da educação que os governos não conseguem mais esconder.”

O governo Colombo se mantém na contramão da história. Mantém-se defendendo o atraso com uma proposta de pagamento do “piso” que destrói o plano de carreira dos professores, desvalorizando assim, os que têm mais tempo de dedicação e estudo. O magistério público estadual rejeitou o golpe aumentando sua greve e a sociedade mantém o apoio.

Outra lamentável postura do Governo Colombo é mentir para toda a sociedade de que não tem dinheiro para pagar o piso e investir mais em educação. Não é verdade! Em recente analise das contas dos dois governos de Luiz Henrique/Leonel Pavan, feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstrou que foram desviados R$ 1,670 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) dinheiro da educação para outros setores como Tribunal de Contas, Judiciário, ALESC e pagamento de aposentadorias”. As projeções das receitas no governo Colombo não param de crescer para 2011. A receita do estado em 2010 foi de aproximadamente R$ 13,4 bi. Primeiro projetou-se, com o crescimento de arrecadação estimado para 2011, que o orçamento iria para R$ 15 bi, mas com os primeiros resultados fiscais do ano a projeção já é de R$ 16 bi. Como não tem dinheiro para educação?

Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio incondicional a greve dos professores da rede pública estadual de SC. Conclamamos a sociedade para que mantenha e aumente seu total apoio. Defendemos, junto do magistério público estadual, maiores investimentos em educação pública e a aplicação imediata da lei do piso nacional com respeito à carreira em Santa Catarina. Repudiamos, por fim, qualquer eventual tentativa do Governo Colombo de punição da greve com demissões, criminalização de lideranças ou ataques ao direito de greve e de livre organização.

PELA APLICAÇÃO IMEDIATA DO PISO NACIONAL COM RESPEITO À CARREIRA!
“EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PUBLICA DE QUALIDADE”
TODO APOIO À GREVE DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL!

SINDICATOS QUE APÓIAM OS PROFESSORES:

SINTESPE (Servidores públicos estaduais) - SINTRATURB (Transporte coletivo) - SINDPD (Processamento de dados) - SINTRAFESC (Servidores públicos federais) - SINTAEMA (Servidores da Casan) - ADESSC (Professores da UDESC) - SEEB (Bancários) - SINTRASEM (Servidores públicos municipais de Florianópolis) - SINERGIA (Servidores da Celesc) - APRASC (Policiais e Bombeiros Militares) - SINDSAÚDE (Servidores públicos estaduais da Saúde)– SINDPREVS/SC (Servidores da Previdência), SINDASPI/SC (Peritos e Assessoramento), SINTECT/SC (Servidores dos Correios), SINJUSC (Servidores da Justiça Estadual), SINTRAJUSC (Servidores da Justiça Federal),
MOVIMENTOS: - Movimento Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Catarinense dos Estudantes (UCE), Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e Contraponto - Oposição da UNE
CENTRAIS SINDICAIS E FEDERAÇÕES: CUT, CTB, INTERSINDICAL, CSP/CONLUTAS, FETAESC

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